ou se alegra, ou se alegra!!


“Ser aquele que se alegra com o próximo” 
Quem se acha assim? Fico pensando, será mesmo que conseguimos? 


Paulo fala aos Romanos no capítulo 12 e versículo 15: 

 "Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram."


Uma vez ouvi um pastor amigo meu que sempre trouxe uma ideia deste texto. Confesso que no começo ficava pensando: “será mesmo que isso é possível?”. Lembro até hoje onde ele levantava a seguinte questão: com toda certeza do mundo conseguimos ser forte o suficiente para chorar com os que choram, para estar nesse momento, ser o abraço, a ajuda, enfim, estar presente. Porém, quando se trata de se alegrar com o próximo não é assim que acontece. 


Por exemplo: você e mais um amigo estão precisando de dinheiro, porém apenas o seu amigo consegue essa grana, ganhou de alguém, por exemplo, e aí ele chega e conta com toda alegria, você até fala “UAU, sabia que isso iria acontecer, olha aí Deus é bom”. Porém, quando volta a ficar só, você já começa a pensar: "porque ele e não eu?", "Poxa, as coisas sempre acontecem melhor com ele do que eu". E assim vai, seus pensamentos se acabam. 


Quando alguém está realizando um sonho que é o que você quer, e não é você, mas seu amigo, como anda nosso coração? Eu confesso que não queria muito acreditar nisso, mas ao decorrer da vida tenho chegado a esse entendimento e visto o quanto precisamos melhor nisso.


Um momento a mais que me fez perceber isso foi o processo do meu casamento. Sempre tive muitas pessoas por perto falando muitas coisas, porém quando comecei a escolher algumas pessoas para estar comigo em alguns momentos específicos, como, por exemplo, ver o vestido da noiva, GENTEEEE… quando eu menos percebi, recebi mensagens não tão "alegres" das pessoas que falavam que “estavam felizes pelo que eu estava vivendo naquele momento”, justamente por elas não estarem presentes naquele momento específico. 


Com isso, comecei a perceber que o casamento não é o dia marcado, mas é todo o processo que vamos passar. Logo quando alguém fica falando muitas coisas porque não foi com você "ver o vestido", e aí acha que "já não faz parte", ela não consegue se alegrar na totalidade do grande dia. 


Este foi um exemplo que me fez entender o quanto a maioria das vezes nos alegramos em parte, não conseguimos curtir na totalidade, nos alegramos quando fazemos parte, quando ganhamos, porém, se não estamos ou não for nós, já repensamos.


Obviamente, falando por mim, ainda estou no processo de viver isso tudo, de aprender a se alegrar na totalidade, a não trazer um balde de água fria, mas de fato permanecer alegre, estando junto a todo momento ou não, não estando na janta que queria estar, mas não fui convidada… e vida que segue. 


Talvez, somos bons em abraçar.

Mas não em sorrir.

Bons em chorar.

Mas não em dar gargalhadas. 


Não é só sobre alegrar, em fazer rir quando estamos jogando um jogo juntos, na festa, na janta, mas alegrar quando não saiu como você esperava, quando você não está lá, quando foi a vez do outro. 


E assim seguimos para uma vida de se alegrar em todo tempo, e também permanecer para chorar quando necessário. Se alegrar todos os dias. 




E aí, faz sentido?

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